O valor de um amigo

28 outubro 2008



A amizade, amigo, colega, cumplicidade, amor, namorado sao palavras que a maior parte das pessoas sabe diferenciar e caracterizar. Sera que sabem? Decidi hoje falar disto, pois ainda ha quem faca muita confusao com estas terminologias e teime em as confundir.

Existem muitos tipos de amigos em diferentes estratos de relacao, cumplicidade e lealdade. Nao se pode comparar amizades porque ha factores que nao controlamos e que as particulariza como distancia, casado, solteiro, pai, diferente trajecto profissional, diferente projecto de vida mas em todas existe uma base de sinceridade.
Amigo diz o que pensa quer seja todos os dias ou apenas quando o vemos. E' frontal mesmo que diga o que nao queremos ouvir mas o que pensa ser certo para nos. E' esta a regra e e' por isso que resulta. A amizade existe quando nao temos receio em ligar a alguem e saber que do outro lado esta' alguem paciente em nos ajudar, pedir uma opiniao ou apenas ouvir. Quem melhor que alguem que nos conhece para nos dar um conselho?

Amigos de infância, amigos de faculdade, amigos da ramboiada, amigos virtuais, amigos falsos, amigos do alheio, existem amigos de todo o género.
Os amigos de infância são os mais fáceis de preservar. Basta um pequeno "tao pah" para saberem o nosso estado de espírito. Podemos estar separados um longo tempo, mas quando estamos juntos temos todo o à vontade de descrever tudo o que nos aconteceu como se da nossa consciência se tratasse. São poucos mas fundamentais.
Amigos de faculdade/escola na maioria dos casos são amigos que nos acompanham durante o trajecto académico, mas que findado a duração do curso poucos sao os que continuam activos. Deram um contributo importante na nossa forma de ser, pagaram-nos cervejas, mataram-nos alguns neuronios e apresentaram as primas. Normalmente são de longe e existe uma garantia de termos um guia turístico num fim de semana alargado.
Amigos da ramboiada. Só o nome diz tudo. Amigos que nos fazem sentir bem pelo desencaminhanço que eles nos provocam. É sempre bom ter 1 ou 2 amigos destes. Quando de partir louça se trata nada como combinar uma saída para ir aos copos.
Amigos virtuais, agora tanto em voga. São efusivos a aparecer e tão depressa começa a amizade como depressa acaba. Ainda não percebi completamente este fenónemo. Mesmo já tendo experimentado a sensação de tudo dizer a alguém que nao conheco chego à conclusão que na maior parte das vezes não passa de um escape, de uma alternativa! Não que estejamos mal com a vida que temos ou que não tenhamos amigos para complementar esta necessidade, mas só de imaginar que se pode dizer tudo e mais alguma coisa, de apenas dar o nosso ponto de vista das histórias e de não ter de ser julgado pela nossa história de vida é uma sensação óptima! Muito poucas são as relações que perduram e que chegam a traduzir-se numa verdadeira amizade. Já ri, já chorei, já dei o ombro, já fui o mundo de alguém com um teclado na mão e sei a força que tem uma palavra lida no ecrã.
Amigos falsos e amigos do alheio. Admito que tenho menos paciencia para comecar amizades porque uma pessoa nao deve ser obrigada a estar com alguem so por ocasiao ou para se ser politicamente correcto. Vou continuar a te-los mas a experiência da vida há-de fazê-los diminuir.
Tenho sorte porque tenho amigos, bons amigos. Uns pertos, outros longes e outros ainda mais longe. Tenho pena de nao estar mais presente de nao ter mais tempo de qualidade mas a memoria, essa vai perdurando.

Eu tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Eu nao sou do genero de pessoa que expresso em palavras a necessidade que tenho em alguem. Nao o faco porque nao entendo ser necessario. Tento pelo contrario estar presente quando necessitam de mim. A gente não faz amigos, reconhece-os!

Quem não tem amigos nada tem. E uma frase simples, pequena que espero que nao a descubram apenas quando se aperceberem disso. Espero que a memorizem para a nao lamentar quando ela tiver sentido.

1 comentários:

  1. gimane disse...
  2. :) *