26 horas em terras italianas

15 março 2009



Sabia-se que o patamar era elevado, que ia ser cansativo, viagens de carro, comboio e aviao e pensou-se num plano ambicioso para conhecer Pisa e Florenca. Agora que estou de volta a terras holandesas posso dizer que a missao a Italia foi um sucesso.

Sabado, levantar as 4:30 da matina e sair de carro as 5:00 de Den Haag em direccao a Eindhoven. Apanhar o aviao e chegar a Pisa pelas 10:30.
A primeira impressao que tive quando cheguei a Italia e' que parecia que estava em Portugal. Parecia uma estacao da CP, nas paredes estava uma licao de alguns belos vocabulos italianos, o desalinhamento dos passeios, os portoes, as janelas, o caiado das paredes, os montes, a t-shir vestida, o sentir-me alto e o espresso de molhar o labio.
No aeroporto apanhar o comboio ate Pisa cidade (5min), percorrer a cidade a pe' ate' ao outro lado onde esta' situada a famosa torre de Pisa. A cidade nao e' grande e como pontos turisticos apenas contem a torre e a igreja situada na mesma praca. E' uma cidade pequena, em obras e como era sabado, muito calma.
Metemo-nos novamente no comboio e apos uma hora de viagem la se chegou a Florenca, a cidade dos grandes mestres do Renacentismo como Miguel Angelo, Leonardo Da Vinci e Donatello. Cidade das artes, das pinturas e esculturas e uma valente dor de cabeca para todos os interessados neste tema devido a imeeeensa oferta neste capitulo. Nao sendo o meu caso e nao tendo uma semana de estadia, optou-se por nao entrar em museus e seguir o itenerario ja previamente delineado.
A estacao de comboios deixou muito a desejar - cubica e escura. Primeira coisa a fazer foi procurar um restaurante que estava na lista dos recomendados para encher o saco. O piteu estava bom, servido em dois pratos diferentes e com um belo vinho da casa. Saimos "quentinhos" cheios de vontade para conhecer a cidade de Florenca, e assim foi. Alimentados por expressos, caouccinos e gelado caminhamos e caminhamos e caminhamos pelas ruas, ruelas, montes, bairros, pontes, escadarias...
De um dos montes dedicado ao grande Leonardo vimos a bonita cidade a acender as luzes debaixo de um pano estrelado escuro. Foi uma sensacao optima, pois fez-me lembrar o Verao..que logo esquecia-me quando vinha uma brisa fresca. Apos o jantar num simpatico restaurante que encontramos pelo caminho, ficamos num bar onde havia festanca com musica ao vivo. As pernas nao gostaram muito, o corpo pagou mas o espirito esse, saltou com musica dos anos 60/70! O bar ia fechar as 2 da matina e optamos por ir para a estacao que estava tambem ela fechada! Esperamos num Macdonands ate a estacao abrir, o que aconteceru as 4 da matina. Nunca tive tanto prazer em entrar num MacDonalds e como esquema tinhamos que pedir 'a vez para justificar estarmos la...
Na estacao nao havia bancos nem zona de espera aberta. Aconchegamo-nos num canto +- protegido do vento com alguns jornais espalhados no chao mas eis que descobriu-se uma porta do nosso comboio que estava aberta e foi uma sensacao tao booooaa ja termos um local quentinho onde descansar ;)
Pelas 12h de Domingo chegou-se a' Holanda com as pernas a gritar piedade, com o corpo a queixar-se de frio mas com cartoes de memorias cheios de um dia totalmente cheio.

Curiosidades de Italia e seus habitantes: os homens produzem-se mais que as mulheres holandesas. Todos arranjadinhos, oculos a tapar a cara e com cara de incomodo pela vassoura que tem la dentro enfiada. Segundo uma parceira do crime, as italianas destacavam-se das turistas por serem as que tinham o cabelo sempre arranjado. Esquecam a ordem, alinhamento, cantos limpos e transito sossegado. Italia neste aspecto e' totalmente oposta da Holanda e um cadito pior que Portugal. So em pisa ouvi varios carros a businarem-se e os condutores a fazer aquele gesto bem tipido da mao (nao se entenda dedo). Gorjeta vem implicita na conta, mas nao e' obrigatoria.
O gangue do crime foi fenomenal e sera' uma experiencia a repetir numa proxima. Agora se me desculpam...vou dormir que ja estou saudades da minha humilde, enorme e quentinha cama








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1 comentários:

  1. Hugo disse...
  2. Foram 26 horas muito intensas: com muitos quilometros nas pernas; muitos sitios bonitos; sol, algo ainda raro por terras Holandesas; e muito boa companhia ;)

    Que venha a proxima...